A insônia, um distúrbio do sono que afeta milhões de adultos em todo o mundo, é amplamente conhecida por seus sintomas de cansaço persistente e dificuldade para adormecer. Frequentemente associada à depressão, ansiedade e apneia do sono, a insônia é mais complexa do que se imaginava. Um novo estudo revela que existem cinco subtipos distintos de insônia, baseados em traços de personalidade e humor dos indivíduos.
O estudo, conduzido por cientistas do Instituto Holandês de Neurociências e publicado na revista Biological Psychiatry, analisou ressonâncias magnéticas de 200 pessoas com insônia e 73 sem dificuldades para dormir. As descobertas indicam que a estrutura da substância branca do cérebro varia de acordo com os diferentes subtipos de insônia. Os subtipos identificados são:
- Altamente angustiado: Caracterizado por altos níveis de estresse e angústia emocional.
- Moderadamente angustiado sensível à recompensa: Pessoas que sentem alívio com estímulos positivos.
- Moderadamente angustiado insensível a recompensas: Pouca resposta a estímulos positivos.
- Ligeiramente angustiado muito reativo: Responde intensamente a estímulos emocionais.
- Ligeiramente angustiado pouco reativo: Pouca reação a estímulos emocionais.
Segundo o neurocientista Tom Bresser, esses subtipos podem ajudar a personalizar os tratamentos de insônia, tornando-os mais eficazes. “Esperamos que essa nova compreensão dos circuitos cerebrais envolvidos na insônia possa melhorar os tratamentos”, afirma Bresser. Identificar os subtipos permite focar em aspectos específicos, como circuitos cerebrais emocionais, possibilitando uma abordagem terapêutica mais direcionada.
Essa pesquisa abre portas para novos tratamentos e intervenções, oferecendo esperança a quem sofre desse distúrbio debilitante. A personalização do tratamento pode ser a chave para um sono mais reparador e uma melhor qualidade de vida.